Fim de semana passado uma coisa me chamou a atenção. Na sexta-feira, fui a uma balada na Barra Funda chamada Neu Club, ver o show do Deedar, ex-vocalista do Asian Dub Foudation, ótima banda que surgiu no meio dos anos 90 vinda do súburbio de Londres e formada por descendentes de indianos. Sempre quis ir neste lugar, e por um acaso, descobri na mesma sexta que o cara ia se apresentar lá. Lugar interessante, diferente dos demais. Uma casa antiga, que foi transformada em uma balada intimista, com um ótimo preço(10 conto até a meia-noite, com direito a double cerveja e caipirinha) e um bom som. Logo de cara, na fila, já me surpreendi. Vi um público arrumadinho, junto a indies e neo-hippies. Entrando, vi que os arrumadinhos eram maioria. Não ligo para isso, só achei que os indies iam ser maioria.Pra mim o que importa é a música, se há pessoas legais e mulheres gatas, independentemente do estilo. Mulher estilosa é aquela que me faz tremer, já dizia o outro.
Mas o que me traz aqui é outra questão.Ali, no máximo 10 pessoas conheciam quem iria tocar em alguns estantes. E mais. Começei a reparar se as pessoas que estavam presentes conheciam o estilo de som que tocava (basicamente eletro-rock, dub, ragga, e alguns rocks e eletrônicos mais dançantes). Minha impressão era de que 80% da balada não estava nem ai para o que saia das caixas de som. Podia estar tocando Chico Buarque, Metallica ou Asa de Águia, não importava. O mais importante era estar num lugar "descolado", cheio de pessoas "bonitas" afim de trocarem uma idéia ou uns beijos. A música ali era o de menos.
Já no sábado, fui a convite de amigos, numa balada de forró/sertanejo, localizada perto do Largo da Batata. Lugar grande, com um público de renda mais baixa, e cerveja a 2 reais (a melhor coisa do lugar, para mim). Foi difícil aguentar aquele som a noite inteira, só movido a muito Red Label (grátis, bancado por Valentina Caran) e brejas. Mas no meio da madruga, me veio a cabeça o que tinha pensado na noite anterior, e o que estava acontecendo naquele momento. Tocava uma banda de sertanejo/forró , de mais ou menos 8 pessoas, que despejava ali músicas próprias não muito conhecidas e outras famosas, que tinha entre seus músicos um que tocava o instrumento que denunciava o estilo, o conhecido "piano-guitarra". Percebi que o público, em sua maioria, sabia as letras e cantava junto muitas das músicas executadas pela banda. Por mais que eu não goste deste estilo de som, achei interessante como as pessoas interagiam com a banda, sempre dançando bastante e interessadas no show. A música ali exercia sua função. Se ao invés de forró ou sertanejo, começasse a rolar um rock ou mesmo uma música eletrônica, dúvido que aquelas pessoas frequentariam o lugar. Óbvio que muitas delas também estavam ali para curtir o ambiente, tomar umas e quem sabe arrastar alguém para um algo mais.
Não havia o "hype"", o "estou num lugar descolado", eram só pessoas que estavam afim de se divertir, curtindo um som que gostavam. Não ligariam no dia seguinte para seus amigos para dizer: "Sabe onde fui ontem, no Tropical. Aquela balada nova que ta todo mundo falando, que toca um 'som legal'". Naquele galpão havia mais verdade.
Dia, noite, bar, mulheres, música, cinema, paixões, futebol, sarjeta,orgulho,inveja, pensamentos, lamentos, idéias, boemia........aqui vou escrever sobre a vida, seja ela qual e de quem for, a vida!!!!!!
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
Cansaço
Cansei de ter essas sensações,
que já não aguento mais sentir.
Cansei dos estudos,
que em nada somam
a minha verdadeira inteligência.
Cansei das ruas,
que há algum tempo,
já não trazem mais à mim,
a vivacidade e a surpresa
que me atraíam tanto.
Cansei da minha casa,
que a cada dia
me limita mais física e psicologicamente.
Cansei dos relacionamentos,
que se encontram emparedados
não tendo mais para onde ir.
Cansei dos falsos amores,
construídos sobre um sentimento verdadeiro
que nunca foram concretizados.
Cansei das palavras,
escritas e faladas,
que são baseadas na mentira e no orgulho.
Cansei dela,
que sempre achei que fosse tudo,
e agora vejo que me deixou no nada.
Dela, infelizmente ela.
que já não aguento mais sentir.
Cansei dos estudos,
que em nada somam
a minha verdadeira inteligência.
Cansei das ruas,
que há algum tempo,
já não trazem mais à mim,
a vivacidade e a surpresa
que me atraíam tanto.
Cansei da minha casa,
que a cada dia
me limita mais física e psicologicamente.
Cansei dos relacionamentos,
que se encontram emparedados
não tendo mais para onde ir.
Cansei dos falsos amores,
construídos sobre um sentimento verdadeiro
que nunca foram concretizados.
Cansei das palavras,
escritas e faladas,
que são baseadas na mentira e no orgulho.
Cansei dela,
que sempre achei que fosse tudo,
e agora vejo que me deixou no nada.
Dela, infelizmente ela.
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
.
E enquanto ele tentava se concentrar, ela continuava a cutucar sua consciência de maneira incessante e perturbadora. Já não tinha mais controle direto sobre ela. As vezes, achava que tinha conseguido controla-la e que, de agora em diante, não mais o penetraria desse modo demolidor, cru.
Mas impossível detê-la. Por mais que se saiba a coisa certa a se fazer, chega uma hora que, mais uma vez, ela toma sua cabeça sem pedir nenhuma permissão, apenas chega e começa a tornar aquilo que é o certo, em duvidoso, e o que era errado, agora é o correto.
Com uma força impressionante consegue, em alguns minutos, moer suas espectativas, reprimir suas vontades, e embaralhar completamente suas idéias, trazendo de volta aquela sensação de vazio contagiante que, se não preenchido rapidamente, toma sua mente por completo, e ai, a paralisia acontece.
Vontade apenas de não se ter mais vontade nenhuma. Sua cabeça, neste momento, é denominada abruptamente por ela. E agora é preciso esperar para que a maior aliada volte, e consiga reverter, mais uma vez, seu estado de normalidade.
Obs: Este texto foi escrito há algum tempo atrás e não possuia título.
Mas impossível detê-la. Por mais que se saiba a coisa certa a se fazer, chega uma hora que, mais uma vez, ela toma sua cabeça sem pedir nenhuma permissão, apenas chega e começa a tornar aquilo que é o certo, em duvidoso, e o que era errado, agora é o correto.
Com uma força impressionante consegue, em alguns minutos, moer suas espectativas, reprimir suas vontades, e embaralhar completamente suas idéias, trazendo de volta aquela sensação de vazio contagiante que, se não preenchido rapidamente, toma sua mente por completo, e ai, a paralisia acontece.
Vontade apenas de não se ter mais vontade nenhuma. Sua cabeça, neste momento, é denominada abruptamente por ela. E agora é preciso esperar para que a maior aliada volte, e consiga reverter, mais uma vez, seu estado de normalidade.
Obs: Este texto foi escrito há algum tempo atrás e não possuia título.
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