quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

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E enquanto ele tentava se concentrar, ela continuava a cutucar sua consciência de maneira incessante e perturbadora. Já não tinha mais controle direto sobre ela. As vezes, achava que tinha conseguido controla-la e que, de agora em diante, não mais o penetraria desse modo demolidor, cru.
Mas impossível detê-la. Por mais que se saiba a coisa  certa a se fazer, chega uma hora que, mais uma vez, ela toma sua cabeça sem pedir nenhuma permissão, apenas chega e começa a tornar aquilo que é o certo, em duvidoso, e o que era errado, agora é o correto.
Com uma força impressionante consegue, em alguns minutos, moer suas espectativas, reprimir suas vontades, e embaralhar completamente suas idéias, trazendo de volta aquela sensação de vazio contagiante que, se não preenchido rapidamente, toma sua mente por completo, e ai, a paralisia acontece.
Vontade apenas de não se ter mais vontade nenhuma. Sua cabeça, neste momento, é denominada abruptamente por ela. E agora é preciso esperar para que a maior aliada volte, e consiga reverter, mais uma vez, seu estado de normalidade.

Obs: Este texto foi escrito há algum tempo atrás e não possuia título.

Um comentário:

  1. Esse ficou ótimo! Eu adorei...
    Maravilhoso, no dia do meu aniversario, seu melhor texto!!!!
    Realmente voce possui o dom da escrita... nao desperdice.
    É subjetivo e arrebatadoramente impossivel de nao ler.
    Só posso dizer PARABÉNS...
    bejinhussssss da sua fã nº1
    rs

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