sábado, 30 de janeiro de 2010

Músicas, música, music........




Bom, como faz tempo que não escrevo sobre música, resolvi colocar aqui algumas coisas que ando ouvindo.
Nos últimos tempos, resolvi baixar álbuns de artistas que sempre tive curiosidade de ouvir, mas não sei por qual motivo, nunca havia ouvido, além de coisas mais “hypadas” que estão sendo bem faladas pela crítica musical no mundo.

Nicolas Caverna e as Sementes Ruins ( Nick Cave and The Bad Seeds):
Bom, primeiro falo de um australiano, que já morou por aqui, em Sampa, e que já namorou nada menos que Polly Jean Harvey, a musa do rosto exótico (pelo menos para mim), e que em 2008, teve um álbum muito bem comentado pelas revistas especializadas em música. Trata-se de Nick Cave e sua banda, os Bad Seeds.
Suas músicas falam de emoções das mais distantes umas das outras: Amor e Raiva, Tristeza e Felicidade, Dor e Prazer, além de citar religião em alguns momentos.  Despeja suas letras geniais em canções que parecem simples, mas que escondem uma complexidade singular. Possui uma voz muito peculiar, além de ser um excelente frontman.  Cave sabe como poucos retratar os sentimentos das pessoas, sem soar piegas ou usar rimas baratas. Como ainda estou ouvindo os discos antigos, indico o último, “Dig, Lazarus, Dig!”, do começo ao fim.

The XX
Banda do momento da crítica mundial, principalmente a britânica, essa banda de Londres, formada por 4 jovens na casa dos 20 anos, figurou entre as melhores surpresas, em razão de seu disco de estréia, “xx”.
O álbum inteiro soa de um jeito leve, possuindo um clima intimista, com guitarras e sintetizadores cuidadosamente (às vezes até demais) colocados. Os vocais, divididos por uma mulher e um homem, soam sutis de maneira a combinarem com as melodias bem estruturadas formadas pelo restante da banda. O grande trunfo do grupo, notadamente, é a originalidade nas composições, o que torna realmente o The XX, uma das poucas bandas novas que ousam no jeito de se fazer música atualmente, sem soar esquisito, fazendo um disco consistente e coerente do início ao fim.
Porém, ai morre o problema para mim. Apesar de ser um disco agradável de ouvir, a banda dá a impressão de usar as mesmas idéias em quase todas as músicas, não mostrando muito para quem ouve se será uma banda que não passará de um bom primeiro álbum, como muitas outras que depois, caíram no esquecimento. Espero que esteja errado, rs. Ouça: Crystalised, Shelter e Night Space.

Animal Collective
Essa banda há algum tempo causa, nos garimpeiros da música, uma boa impressão no que consiste em música, nova, boa, porém esquisita para o mainstream. Se bem que hoje em dia, para algo ser ”underground”, é necessário muita luta, nesse mundo de My Space, Twiteer e Last.Fm da vida. Mas esta banda, que tem integrantes de vários países, que se conheceram em Baltimore, e tem como base Nova York, realmente desconstroem o rock e a música popular com muita competência, e o mais importante, com qualidade.
Seu último e elogiadissimo álbum, Merriweather Post Pavillion, traz essa bela desconstrução, de um jeito que pode, em uma primeira audição, soar difícil de ouvir, mas com o passar do tempo, escutando em um bom som, mostra o real motivo de ele ser tão bem falado por todos. O disco é estranhamente foda!!!!!!!
Desde o início, com “in The Flowers”, já mostra para quem ouve o q espera dela. Uma melodia de piano, barulhos ao fundo como se estivéssemos em algum bosque, uma voz limpa e clara. Entram palmas, e no meio da música, chega a batida, para fazer todos os sons se encaixarem e fazerem sentido, é o ápice da música.
E assim as músicas do disco vão levando o ouvinte a outro plano. É assim com “My Girls”, single mais conhecido do álbum. “Also Frightened”, uma das minhas preferidas, tem uma cadência suave e melódica junto há um inesperado groove, formado por baixo e batidas fortes que permeiam a faixa inteira, mostrando mais uma das muitas influências da banda, o soul e o funk dos anos 70. E vem “Daily Routine”, com belos vocais, alguns sintetizadores e batidas, marcando a música de forma crucial para, do meio pro fim, sumirem, sobrando apenas melodias esparsas de piano, barulhos, e vozes, finalizando a faixa de modo sublime.
Chega “Bluish”, que traz nela um algo de “Sigur Ros”, uma das mais sombrias do álbum.  “Lion on The Coma” tem um vocal praticamente falado, backing vocals ao fundo, batidas densas e ótimo refrão.  A décima faixa, “No More Runnin”, é mais calma do disco, e a mais normal também, não deixando de ser uma boa música. Linda letra, guiada por um simples piano que conduz, sem alterações, toda a música.
“Brothersport”, a última música, só poderia estar aí. A mais animada do disco, aparece com uma forte percussão, meio cigana, folclórica, ligada aos vocais pelas camadas de sinths, instrumentos e barulhos, que, mais uma vez, fazem o “estranho” se tornar belo.

Fim do assunto música. Empolguei-me um pouco no AC, mas acho que me sai bem. Porém, escrevi muito pouco sobre Cave. O ”Loverman” merece mais. Prometo num futuro próximo falar mais sobre ele. Também escrevi outros textos sobre assuntos diferentes. A semana foi proveitosa para o pseudo-escritor que existe dentro de mim, rs. Fora as 6, 8 horas de estudo jurídico, que agora me dedico para, em breve, me tornar um funcionário público, dedicado....... à música,a diversão, e claro, a sociedade, rs.
A equação a que quero chegar: Bom salário + pouco trabalho = Sexo, Drogas e Rock n‘ Roll nas horas vagas!!!!!!!!!!!

Mas agora falta o necessário para a semana ser perfeita. Aquilo que realmente faz uma pessoa viver intensamente, sem babaquices de televisão e afins, sem certezas, sem hora do almoço e hora do jantar, sem roupas diferentes para ficar em casa, para dormir e para sair, sem conversas cotidianas sobre tempo, previsões, sonhos, planejamentos inúteis. É hora da LOUCURA!!!!!!!!!!!!!

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